Fenômeno climático pode chegar a Nova York com intensidade 5.
Mas seu poder destrutivo deve ser menor que o da tempestade de 2005.
A população de Nova York aguarda a chegada do furacão Irene, que pode alcançar a cidade neste final de semana e ser classificado como o mais intenso da história das medições do Centro Nacional de Furacões, ligado ao Serviço Climático dos Estados Unidos.
Segundo o instituto, o Irene alcançou nesta sexta-feira (26) o nível 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos a uma velocidade de 170 km/h, e já possui a mesma categoria do Katrina - o furacão que devastou Nova Orleans em 2005, com 1.700 mortos.
Na madrugada deste sábado, o Irene alcança a região onde está situada a cidade de Nova York possivelmente como uma tempestade de velocidade média de 250 km/h, e ser categorizado como de nível 5, o máximo na escala.
“O fenômeno está entrando em águas quentes, devido ao verão no Hemisfério Norte. Isto pode alimentar o furacão, que nesta madrugada (de sexta para sábado) pode alcançar a categoria mais alta, entretanto, com poder menos destrutivo que o Katrina”, disse Luiz Cavalcanti, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia.
De acordo com Chris Vaccaro, do Serviço Nacional do Clima dos Estados Unidos, o último fenômeno climático deste tipo a atingir a região da Carolina do Norte e Nova York foi o Glória, em 1985, com classificação 3.
Foi o 22º furacão mais forte da história do país e 3º mais forte a atingir a Costa Leste entre 1900 e 2010. O maior furacão da história do país foi o Gavelston, no Texas, em 1900, que gerou 8 mil mortos. As informações são da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA).
Mudanças climáticas
A incidência de furacões com maior intensidade na região do Atlântico Norte pode confirmar as previsões relacionadas às mudanças climáticas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas.
A incidência de furacões com maior intensidade na região do Atlântico Norte pode confirmar as previsões relacionadas às mudanças climáticas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas.
“Existe a projeção de aumento da temperatura dos oceanos na região do Atlântico Norte. Este ambiente geraria energia necessária para a formação de furacões com maior intensidade por conta da mudança do clima”, afirma Lincoln Alves, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Mas acredito que a velocidade do Irene poderá diminuir no decorrer das horas”, disse Alves.
Apesar da possibilidade de não haver grandes danos, o Serviço de Segurança Nacional dos Estados Unidos decretou emergência máxima, chegando a cancelar eventos importantes como a homenagem a Martin Luther King Jr., que aconteceria no próximo domingo (28). Eventos esportivos também foram cancelados.
"Não é um alarde exagerado, mas sim uma maneira mais rígida de proteção. A evacuação às vezes é necessária, porque a velocidade de ventos a 170 km/h pode afetar a vida humana", afirmou Cavalcanti, do Inmet.
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